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terça-feira, 18 de setembro de 2012

No Recife, Imip realiza com sucesso 1º transplante duplo de rim e pâncreas

A equipe médica do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip) está comemorando um marco na medicina de Pernambuco. Depois de sete anos de preparação, foi realizado com sucesso um transplante duplo de rim e pâncreas. Uma esperança para pacientes diabéticos que têm insuficiência renal crônica.
Jadilson Salvador, de 42 anos, foi o primeiro paciente a fazer o transplante duplo de rim e pâncreas no Hospital Pedro II, do Imip. Há 4 anos ele fazia hemodiálise três vezes por semana e aplicava insulina duas vezes por dia. A vida deste técnico em informática afastado do trabalho por causa da diabetes tipo 1, agravada pela insuficiência renal crônica, era cheia de limitações. O transplante que durou mais de 11 horas, realizado há um mês e seis dias, deu vida nova a Jadilson. “Uma vida bem diferente. Estou vendo com outros olhos, sou um homem novo”, disse.
 
A equipe médica do Imip se preparou durante sete anos para realizar o transplante duplo, que é complexo, de risco, mas que pode trazer melhores resultados para os pacientes. “Esses pacientes eles são acometidos de nefropatia, cardiopatia, tem um maior numero de amputações, acidente vascular cerebral, e com a correção da glicemia, esses pacientes se beneficiam com redução do número de mortos por essas causas. O transplante duplo rim e pâncreas visa controlar melhor essas morbidades, dando ao paciente não só uma melhor qualidade de vida como uma sobrevida maior”, explicou o médico Cristiano de Souza Leão, coordenador da clínica cirúrgica do Imip.
Como na maioria dos transplantes a principal dificuldade é conseguir um doador e no caso do transplante duplo de rim e pâncreas a exigência é muito maior. O doador não pode ter mais de 40 anos de idade, nem ser obeso, nem ter diabetes e nenhuma doença vascular.
Cinco pacientes como Jadilson estão na lista para fazer o transplante duplo. Assim eles vão ter a chance de aproveitar plenamente a nova vida. “Eu pretendo entrar na área de medicina como técnico de enfermagem. Eu vejo o sofrimento que é grande tanto pra mim como para os outros. Então se eu puder ajudar da melhor forma, convencendo os doadores e os que estão hoje em dia transplantados na enfermaria”, comentou.
Outras informações podem ser obtidas através da Central de Transplantes de Pernambuco no número 0800 281 2185.

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