OUVIDORIA POPULAR

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quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Em PE, 60% dos bancos públicos e privados estão fechados, diz sindicato

O Sindicato dos Bancários de Pernambuco informou no início da noite desta terça-feira (18) que 60% dos bancos públicos e privados do estado aderiram à greve nacional neste primeiro dia. A categoria aprovou a paralisação por tempo indeterminado em assembleia na última quarta-feira (12), como parte da campanha salarial deste ano.
Ao todo, são 500 agências em Pernambuco, fora os prédios administrativos, e 323 delas não estão funcionando. A maior parte fica na Região Metropolitana do Recife. Das agências públicas, 80% fecharam as portas no estado. Das privadas, o número foi menor, 40%. Algumas não estão abrindo nem a área de autoatendimento. De acordo com a categoria, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) não manifestou nenhuma retomada das negociações, e a greve continua.
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A categoria rejeitou a única proposta apresentada pelos bancos durante as negociações, que previa reajuste salarial de 6% contra os 10,25% reivindicado pelos trabalhadores. Em Pernambuco, há 12 mil bancários, sendo que 80% deles trabalham na Região Metropolitana do Recife.
Além do reajuste salarial, a categoria pede aumento do piso, participação nos lucros, Plano de Cargos e Carreiras, mais contratação, mais segurança nas agências, diminuição das tarifas bancárias e juros. Segundo pesquisa realizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), o piso salarial dos bancários brasileiros é um dos mais baixos no continente.
Enquanto os bancos pagam piso de 1.090 dólares no Uruguai e de 1.200 dólares na Argentina, aqui no Brasil é de 681 dólares, ou seja, R$ 1,4 mil. Os bancários querem um piso de R$ 2.416,23. A categoria decidiu entrar em greve após um mês de negociação.
Orientações
Durante a paralisação, o Procon Pernambuco adverte que os consumidores devem saber que a greve não tira a obrigação de pagar faturas, boletos bancários ou qualquer outra cobrança. Para isso, a empresa credora deve oferecer outras formas e locais para que os pagamentos sejam efetuados.
Para não ser cobrado de eventuais encargos e, ainda, para que o nome não seja enviado aos serviços de proteção ao crédito, o Procon recomenda que o consumidor entre em contato com a empresa e peça essas opções de forma de pagamento, como por internet, sede da empresa, casas lotéricas, código de barras para pagamento nos caixas eletrônicos, dentre outros.
O consumidor deve documentar esse pedido (enviar e-mail ou anotar o número de protocolo de atendimento, por exemplo), para que, caso o fornecedor não atenda a tentativa de quitar o débito, possa reclamar em algum órgão de defesa do consumidor.
É importante que o consumidor não adquira, sem conhecer em detalhes, pacote de serviços oferecidos por bancos, voltados a facilitar a quitação dos débitos durante a greve.

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