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terça-feira, 11 de setembro de 2012

Em PE, Justiça nega habeas corpus para integrante de trio canibal

A juíza Sandra de Arruda Beltrão, em substituição ao desembargador Leopoldo de Arruda Raposo da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), negou o pedido de habeas corpus em favor de Isabel Cristina Torreão Pires. A ré é acusada de integrar o trio responsável por assassinar mulheres, com violência, canibalismo e rituais macabros, em Olinda e Garanhuns.
A decisão foi publicada na internet na segunda-feira (10). No documento, a juíza identificou que não há razões suficientes para que a liminar seja concedida. O mérito do habeas corpus ainda será julgado pela 1ª Câmara Criminal, mas não tem uma data definida.
O processo foi encaminhado à Vara do Tribunal do Júri de Olinda, na qual tramita a ação de origem, para que sejam prestadas informações a respeito do pedido. Em seguida, será mandado para a Procuradoria Geral de Justiça.
Isabel Cristina é acusada de, junto com Jorge Beltrão Negromonte da Silveira e Bruna Cristina Oliveira da Silva, assassinar e ocultar o cadáver de Jéssica Camila da Silva Pereira, no ano de 2008, em Olinda. O trio também responde pela morte de mais duas mulheres em Garanhuns.
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Entenda o caso
Jéssica era moradora de rua, tinha 17 anos, uma filha de um ano e aceitou morar com os acusados. O casal, que não tinha filhos, planejou ficar com a criança depois de matar sua mãe. A criança está sob os cuidados do Conselho Tutelar desde que eles foram descobertos, em Garanhuns, onde Giselly Helena da Silva, 31 anos, e Alexandra Falcão da Silva, 20 anos, foram mortas, respectivamente, em fevereiro e março deste ano.
Nos três assassinatos há, segundo a polícia, evidências de indícios de prática de canibalismo e rituais macabros. A carne das vítimas era fatiada, guardada na geladeira e consumida pelo trio. A criança, inclusive, também teria comido da carne da mãe. Em Garanhuns, eles teriam até utilizado parte da carne das vítimas para rechear coxinhas e salgadinhos que vendiam em Garanhuns.
Os acusados afirmam fazer parte da seita Cartel, que visa à purificação do mundo e o controle populacional, onde a ingestão da carne faria parte do processo de purificação. O caso veio a público depois que parentes de Giselly Helena da Silva denunciaram o seu desaparecimento. Os acusado usaram o cartão de crédito da vítima em lojas de Garanhuns e foram localizados. Uma publicação contendo os detalhes dos crimes foi encontrada na casa dos réus. Para a polícia pernambucana, não há possibilidade de outras mortes terem sido praticadas pelo trio no estado.

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