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terça-feira, 11 de setembro de 2012

Clínica interditada em Camaragibe, PE, nega denúncias de maus tratos

A ClínicaTerapêutica Nova Aliança, que sofreu uma interdição cautelar da Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa), divulgou nota nesta terça-feira (11) dizendo que sofreu um ato abusivo. A diretoria do centro de tratamento de pessoas com dependência química acredita que as decisões tomadas contra o local, localizado em Camaragibe, no Grande Recife, na segunda (10), foram equivocadas e que as denúncias de pacientes são falsas.

Na nota de esclarecimento, a Nova Aliança afirma que é habilitada para efetuar o tratamento de dependência química e que possui todas as documentações necessárias e autorizações para tratar da doença. Na segunda-feira, a Apevisa apontou que o local funcionava de forma irregular e estaria aplicando medicamentos sem a supervisão de um profissional qualificado. Além disso, estaria abrigando menores de idade e doentes psiquiátricos sem a autorização necessária.

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e a Polícia Civil já estão investigando os supostos casos de maus-tratos aos pacientes. Nesta terça, o delegado Victor Melo, responsável pelas investigações, informou que quinze pacientes e dois familiares já foram ouvidos. Alguns medicamentos apreendidos serão encaminhados para análise no Instituto de Criminalística (IC). A Nova Aliança contou que as medicações encontradas foram compradas do Laboratório Farmacêutico do Estado de Pernambuco (Lafepe) e que são prescritas pelo médico plantonista e ministradas pela equipe de enfermagem.
O delegado Victor Melo contou ainda que vai enviar intimações para outros familiares de pacientes e funcionários da clínica e que ainda é cedo para tomar alguma decisão sobre o caso. Os donos do estabelecimento serão os últimos a prestar esclarecimentos.

A nota enviada pela clínica terapêutica encerrou dizendo que a medida da interdição colocou a vida de pacientes em risco e que a clínica não se responsabiliza por essa decisão. A Comunidade Terapêutica Nova Aliança abrigava aproximadamente 40 pessoas. O tratamento oferecido pelo local chegava a até R$ 41 mil por seis meses de internação.

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