OUVIDORIA POPULAR

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segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Preço da cesta básica sobe em 9 de 17 capitais pesquisadas pelo Dieese

O preço da cesta básica aumentou em nove das 17 das capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) em outubro, aponta nesta segunda-feira (5) a Pesquisa Nacional da Cesta Básica.
Depois de três meses sem a liderança, São Paulo voltou a apresentar o maior valor para a cesta básica no mês passado, com os produtos de primeira necessidade custando R$ 311,55.
Porto Alegre, que havia registrado o maior preço nos últimos três meses, apresentou o segundo maior valor, de R$ 305,72, e Manaus, o terceiro, com R$ 298,22. As cestas com os menores custos médios foram encontradas em Aracaju (R$ 206,03), Salvador (R$ 223,00) e João Pessoa (R$ 232,97).
As maiores altas foram verificadas em cidades do Norte e Nordeste, com destaque para Recife (4,49%), Manaus (3,61%) e Fortaleza (2,54%).
Entre as sete localidades onde houve recuo, as quedas mais expressivas foram registradas em Florianópolis (baixa de 9,04%), Brasilia (queda de 3,66%) e Vitória (redução de 2,29%).
No acumulado de janeiro a outubro deste ano, foi registrada alta nos preços em todas as localidades. Os maiores aumentos foram registsrados em Fortaleza (18,54%), Manaus (16,59%), Natal (16,40%) e Recife (15,88%). As menores variações no ano ocorreram em Goiânia (1,79%), Vitória (6,70%) e Salvador (6,79%).
Em doze meses também há alta acumulada em todas as regiões, com destaque para Fortaleza (28,40%), Natal (23,25%) e Recife (21,39%). As menores variações nesse tipo de comparação foram observadas em Goiânia (7,56%), Florianópolis (8,36%) e Salvador (8,72%).
Preço da cesta
Em outubro, para adquirir o conjunto de produtos alimentícios essenciais, o trabalhador que recebe salário mínimo precisou trabalhar, em média, 95 horas e 1 minuto, bastante semelhante à jornada média necessária em setembro, 95 horas e 12 minutos, diz o Dieese. No mesmo período do ano passado, a jornada média de trabalho exigida para a compra da cesta somava 94 horas e 4 minutos.
Com base no custo de São Paulo (o maior) e levando em conta o preceito constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para a manutenção de um trabalhador e sua família (suprindo gastos com alimentação, moradia, educação, vestuário, saúde, transportes, higiene, lazer e previdência social), em outubro, o menor valor pago a um
trabalhador deveria ser de R$ 2.617,33, ou seja, 4,21 vezes o piso vigente do salário mínimo de R$ 622, diz a pesquisa.

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