OUVIDORIA POPULAR

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sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Ministro da Integração promete

O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, prometeu rever os contratos das empresas construtoras, até janeiro do próximo ano, para retomar o ritmo das obras da Transposição do Rio São Francisco. Em entrevista ao Bom Dia Pernambuco desta sexta-feira (16), ele reconheceu que o serviço está atrasado em alguns trechos e paralisado em outros, como a série de reportagem do NETV 2ª edição vem mostrando.
“Temos enfrentado dificuldade nos contratos, principalmente no Eixo Leste da obra, que engloba Floresta, Sertânia, Custódia e Betânia, cidades mostradas nas reportagens. O serviço ainda não está no ritmo que o Ministério da Integração deseja. Mas já estamos renegociando os contratos”, argumentou.
Fernando Bezerra Coelho explicou que o atraso no cronograma da obra é resultado de problemas com as construtoras. "Chegamos a fazer um grande acordo com os consórcios em fevereiro, quando a gente tinha a expectativa de chegar até junho com todos os saldos remanescentes licitados. Assim, a obra entraria em velocidade de cruzeiros, como expressou a presidente Dilma durante sua visita a Floresta. Ocorre que alguns consórcios construtores, mesmo tendo negociado, não puderam honrar os seus compromissos".
O ministro da Integração Nacional citou a dificuldade com uma obra no Sertão do Estado. "Por exemplo, a Canter, que realiza o serviço na saída de Floresta. Acordamos a negociação e, na hora de assinar o contrato, vimos que a empresa não tinha garantias de assiná-lo. Não atendia a critérios pré-estabelecidos"
Segundo o ministro, atualmente, há 3.800 trabalhadores e mais 1.100 equipamentos na obra da Transposição. “No eixo em direção ao Rio Grande do Norte, a situação está normal. Temos duas frentes trabalhando 24 horas, fazendo estações elevatórias e túneis”, ressaltou.
Ainda de acordo com Bezerra Coelho, até o fim de dezembro, será publicado um novo edital para a obra que vai permitir o transporte da água da Barragem de Itaparica até a de Barro Branco, em Sertânia. “A Transposição é uma grande obra, com 400 quilômetros de canal, mas que vai continuar, pode ter certeza, porque essa obra é prioritária do governo Dilma”, disse o ministro da Integração Nacional.
Fernando Bezerra Coelho ressaltou que não há falta de recursos para a realização da Transposição. "Temos uma expectativa positiva de que vamos manter o cronograma anunciado. Queremos entregar as obras civis, uma parte no final de 2014, outra parte no primeiro semestre de 2015".
Sobre um risco de superfaturamnete na obra devido a renegociações de contratos, o ministro disse que o governo tem tentado evitar porque só há novo acordo com os consórcios quando há necessidade. "Temos sempre observado um projeto básico e a realidade encontrada em campo. A gente está procurando dar ritmo a todos esses procedimentos para que a obra, de fato, esteja toda mobilizada. Queremos, a partir de março ou abril de 2012, experimentar um novo ritmo na extensão de todo o comprimento do canal, seja no Eixo Norte ou Leste."

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