O encontro aconteceu na Delegacia Regional do Trabalho (DRT). Desde o dia 30 de outubro, os cerca de 54 mil trabalhadores da Refinaria Abreu e Lima e Petroquímica Suape, que ficam no Porto de Suape, estão em greve. De acordo com o Sintepav, os trabalhadores pedem equiparação salarial entre a categoria. Representantes dos trabalhadores e dos patrões já se encontraram em duas audiências no Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT6), nos dias 5 e 9 de novembro, mas sem sucesso nas tentativas de conciliação. Por conta disso, o Tribunal marcou a audiência para esta terça (13).
O Sintepav-PE alega que o acordo assinado na última convenção coletiva, em agosto, garante a equiparação salarial entre as empresas de Pernambuco, difrença que chegava a 47% nas mesmas funções. "Os trabalhadores acabaram por fazer essa paralisação para obrigar as empresas a fazer essa equiparação", explica Aldo Amaral, presidente do sindicato que representa os trabalhadores.
A diretora de Relações Trabalhistas e Sindicais do Sinicon, Renilda Cavalcanti, alega que desconhece qualquer ação policial no canteiro de obras. "Não tenho conhecimento nenhum de que a polícia esteja trabalhando lá. Com relação às demissões, não foram demissões injustas. Foram demissões por conta de mobilizações, que é uma coisa natural em qualquer obra", diz Renilda.
Greve em agosto
Os cerca de 54 mil trabalhadores que atuam nas obras da Refinaria Abreu e Lima e PetroquímicaSuape ficaram em greve do dia 1º ao dia 16 de agosto. No dia 8, o clima começou a ficar mais tenso no complexo após uma assembleia realizada pelos operários, uma vez que os patrões queriam descontar os dias paralisados. Houve quebra-quebra e ônibus foram queimados. No dia 10, os trabalhadores foram liberados pelas empresas, que estavam com receio de novos tumultos. No dia 13 de agosto, o Sintepav orientou os trabalhadores a não voltarem aos postos, por considerar injusta a decisão de descontar os dias paralisados, já que os tumultos teriam sido promovidos apenas por um grupo. O sindicato dos trabalhadores e das empresas entraram em acordo na noite do dia 15, depois de dias de reuniões sem avanços na negociação.
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