Ramos afirma que foram feitos cortes, mas nada que comprometesse os serviços essenciais oferecidos à população. “Determinamos um decreto que cria alguns critérios para que a gente economize e dê prioridade às coisas básicas, para não deixarem de funcionar. Por exemplo: suspendemos licença-prêmio, as férias, exoneramos todos os cargos comissionados, suspendemos todos os contratos temporários. Só que desses cargos e temporários, fizemos de modo que não prejudique os serviços básicos como educação, saúde e transporte escolar”, disse.
As salas de aula estavam vazias porque os professores se recusavam a dar aula antes de receber os salários atrasados. A expectativa é de que eles voltem ao trabalho nesta quarta (31), porque receberam o pagamento do mês de setembro. “Ficou o mês de outubro para pagar no dia 10. Se ele não pagar, a gente vai retornar a paralisação novamente”, diz a professora Elizeuma Maria da Silva.
Os professores da rede municipal também reclamam de que a prefeitura convocou, esta semana, as pessoas que passaram no último concurso. Eles questionam como será feito o pagamento dos salários dos novos funcionários, se nem os antigos estão recebendo. “Eu não fiz convocação [de novos concursados]. Os cargos comissionados não vão sair? Esse pessoal que a gente está tirando de contratado, está convocando para que não faltem funcionários. É uma questão de responsabilidade”, argumentou.
Denúncias em relação à saúde também foram feitas pelos servidores. No hospital municipal, materiais descartáveis permaneciam na sala de parto, mesmo depois de usados. O lixo hospitalar estava sendo jogado no quintal da unidade. “A única empresa do estado teve uma divergência de pagamento e se prontificou a vir quinta-feira, porque eles só vêm uma vez por semana. Então a rota de Gameleira será restabelecida”, explicou o prefeito.O salário dos servidores ainda estaria atrasado. “O salário está lá embaixo e atrasado, os colegas da mesma forma, e está sendo sempre dividido em duas vezes [o pagamento]. Até agora não recebemos”, queixa-se o médico José Viana. O prefeito José Severino Ramos rebate. “Alguns deles tinham horas extras e a gente teve que suspender para poder pagar em dia. Fizemos uma auditoria para ver quem realmente está com hora extra, nas insalubridade e adicional noturno, estamos pagando normalmente”, garante.
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