Ele foi enquadrado no artigo 265 do Código Penal , que prevê o crime de interrupção de serviço de utilidade pública e estabelece pena de um a cinco anos de reclusão. Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Ceará, o homem já respondia processo por furto, roubo e formação de quadrilha. Ele aguardará julgamento na carceragem da delegacia.Atualmente, no Ceará, 32% das ligações telefônicas recebidas pelos serviços de urgência são trotes. O número é menor que o registrado no ano passado, 42%. Os serviços de segurança pública atribuem a queda ao trabalho de conscientização feito em escolas públicas, de onde eram feitos muitos chamados, sempre em horário de recreio dos alunos.
Confissão
Os trotes de Francisco de Assis não são recentes. Após a prisão, ele confessou já ter realizado, até maio, mais de 200 telefonemas para o 190, sempre com os mesmos objetivos. Ele foi autuado no artigo 265 do Código Penal, por atentar contra a segurança ou o funcionamento de serviço público. A pena é de um a cinco anos de reclusão e multa. "O Francisco de Assis já era condenado por furto e formação de quadrilha e estava em liberdade condicional", acentua o delegado do 2º DP, Francisco Porto. E continua: "Isso é uma sem-vergonhice, falta do que fazer. As mulheres estavam trabalhando e mesmo se não estivesse... É uma ofensa muito grande".Aproximadamente, 32% das ligações diárias atendidas pela Coordenadoria são trotes. "O prejuízo é grande, porque os nossos órgãos trabalham integrados. Uma viatura que seja mandada para um serviço na `brincadeira´, poderia estar atendendo alguém num perigo", assegura o coronel Aristóteles Corrêa, coordenador da Ciops. De janeiro a maio de 2010, o serviço de plantão atendeu a 2.859.945 ligações. Dessas, mais de 800 mil foram trotes. "Eu achava que os policiais nunca iam me pegar", iludia-se, choroso, Francisco de Assis.
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